Trapézio Fixo  
    As  figuras e evoluções podem ser realizadas com apoio e/ou suspensão na  barra e também nas cordas que sustentam o aparelho. Antigamente, as  cordas eram de sisal. No entanto, na atualidade, utilizam-se cordas de  algodão, mais flexíveis e macias (menos atrito com o corpo), geralmente  com cabo de aço como alma (no meio). A espessura das cordas variará  segundo o peso do praticante e as exigências, mas normalmente têm entre  2,5 e 3,5 cm de espessura. Na extremidade inferior, onde as cordas se  fixam na barra, é recomendável que se forre com um tecido macio  (algodão) ou veludo, para evitar escoriações conforme o roce do corpo  com elas. 
    Alguns artistas utilizam contrapesos nas  extremidades da barra para aumentar a estabilidade do trapézio. Da mesma  forma, é recomendável o uso de colchões de queda embaixo do aparelho  para seu treinamento e o emprego de cordas e/ou tecidos suspensos  paralelamente para subir e descer do aparelho.  
Trapézio de balanço
Doble Trapézio
    Nesta  modalidade, na maioria dos casos, os artistas assumem dois papéis  diferentes: o portô ou aparador cuja função é servir de base para seu companheiro  (levar, lançar, agarrar, etc.). O aparador é geralmente o mais forte e  pesado da dupla. O outro artista, denominado volante é o acrobata mais leve e ágil, que tem como função  realizar as acrobacias dirigidas pelo portô. 
Trapézio Duplo e Triplo (múltiplo) 
    Neste  caso, as cordas internas serão suspensas totalmente na posição  vertical, e as laterais poderão (caso os artistas prefiram) estar  ligeiramente abertas nas extremidades superiores para aumentar a  estabilidade do aparelho. A resistência das cordas deverá ser ajustada  ao número de artistas e o peso que deverão suportar. 
Trapézio de Vôo
    Nesta  modalidade, o(s) volante(s) parte(m) da banquilha segurando o trapézio  simples, realizam seguidos balanços para a toma de velocidade e altura e  executam saltos livres ("vôos") até a mãos e braços do aparador que  também está em balanço no seu próprio trapézio do outro lado da  estrutura. Geralmente, o aparador utiliza a denominada curva americana  (em oposição ao uso da cadeirinha) para ficar de cabeça para baixo  (inversão). A seguir, realizam o trajeto inverso até regressar à  banquilha de origem. Esta modalidade é realizada prioritariamente (hoje,  obrigatoriamente) com o uso de uma rede de proteção estendida abaixo do  espaço onde se dará o vôo. 
    Há  também uma versão reduzida desta modalidade de trapézio, realizada em  menor altura e com as banquilhas mais próximas, que costuma utilizar o  auxílio de cintos/lonjas de proteção (geralmente para o treinamento),  que se denomina "Petvolan", segundo os artistas tradicionais  (provavelmente uma adaptação do termo petit volant em francês, ou  pequeno voante em português). Este tipo de trapézio ao vôo é  freqüentemente utilizado por circos pequenos que não comportam grandes  estruturas ou por companhias que se apresentam fora das lonas. É  realizado com colchões de impacto dispostos no solo para proteção, como  se fosse para as saídas das argolas, ou o salto sobre o cavalo. 
Trapézio Washington ou Wasinton
 Trata-se  de um trapézio, normalmente utilizado em balanço, que possui uma base  mais larga (ou com um suporte especial) e mais pesada sobre a  qual o artista pode realizar acrobacias de equilíbrio, como parada de  cabeça ou mãos, dentre outras. Alguns artistas  substituem as barras metálicas por pranchas de madeira para a base de  suas evoluções. Para maior estabilidade do trapézio durante o  balanço, costuma-se usar contrapesos pendurados nas pontas do trapézio. Nesta modalidade, os artistas utilizam o  menos possível as cordas de sustentação e podem trabalhar no plano  frontal ou lateral do aparelho. Esta modalidade também inclui evoluções  em balanço e em giro (após a torção das cordas, em geral para o final do  número). 
Trapézio Castin (ou somente Casting)
    Trata-se  de um trapézio formado por uma estrutura metálica suspensa ou elevada  por um pórtico, na qual o portor pode apoiar os pés e assegurar-se pelo  abdômen (com um cinturão), permitindo ao mesmo que flexione o tronco e  balance o volante para a realização de diferentes truques. Em alguns  casos, este tipo de trapézio pode se acoplado ou misturado ao trapézio  de vôo, como uma base intermediária. 
 
